Quando a viagem é demais pra minha cabeça...


Olá crianças



Ontem estava na dúvida entre 2 filmes do Kubrick...2001: uma odisséia no espaço e Laranja Mecânica. (Por conta de uma brincadeira de "mau gosto" do Julio em relação a minha cirurgia na palpebra)... optei pelo primeiro ...não preciso de mais traumas.


É a segunda vez que assisto esse filme: "2001, uma odisséia no espaço"... e eu não entendo nada do final... dessa vez resolvi pesquisar a respeito ...e assisti novamente... não sei a que corrente me filiar... definitivamente Kubrick nem Clarke...estavam "puros" vamos assim dizer...


O filme é baseado no livro The Sentinel, de Arthur C. Clarke, que ajudou no roteiro junto com Kubrick...encontraremos enfim outro monolito negro? Só sei que os filmes de ficção científica após "2001: uma odisséia no espaço" todos copiaram alguma coisa... mas a cena final... vamos entender.


Para uns na cena final o Dave sai do corpo e se vê transmutado...ou sei lá o que ...vê sua própria existencia... velho e de novo como criança... (a Star Child do livro... )...algo bem..digamos psicodélico.


Para Antônio José, a cena final demonstra o futuro da humanidade. Rodeado por máquinas, restará ao homem apenas passar seus dias esperando a morte chegar (nada a ver com a música de Raul Seixas).


Para Gutemberg Cruz, a fita é o mapa para o destino da humanidade, o drama entre a máquina e o homem. No início o encontro entre o homem primitivo com o enigmático monólito, a consciência do poder, e um fantástico corte, o salto para milênios onde uma espaçonave sobrevoa à Terra envolta em música e movimento. A viagem pelo futuro é intensamente alucinante em cores e, como um enigma, o astronauta vê um velho que aponta para o monólito e o transforma em um bebê. Entre a música de Strauss, triunfante, o espaço infinito descortina na tela deixando a todos com uma indagação sobre o infinito. Para o cineasta o futuro está no começo da humanidade, a vida em seus primeiros anos. Caminhamos pra o nosso retorno. O bebê que vemos no final incorporado ao planeta revela um novo ser (planeta) a nossa espera.



Lembram-se que falei da sincronicidade que há entre o álbum de Pink Floyd "The dark side of the Moon" e o filme "O mágico de Oz"? Pois então. Temos aqui também. Obaaaaaaaaaaa


Bem essa coincidência é totalmente inexplicável e creio que todos concordam que não dava pra fazer naquela época (eis o mistério da fé).


Mas há outro mistério envolvendo músicas de Pink Floyd e filmes, desta vez com 2001. Corre uma lenda que Kubrick queria que Floyd (o grupo, não o personagem) fizesse parte da trilha sonora. Por algum motivo, o grupo não aceitou.


Três anos depois surge o álbum "Meddle"... com a música "Echoes", que traz uma estrutura que é impressionantemente ajustada às cenas do capítulo "Júpiter e Além", inclusive na duração!


Eis os mistérios da fé.
Depois disso me deu vontade de assistir o Mágico de Oz... o que esse povo andava tomando...


Recomendo assistir em Blu ray ... o babado fica fortíssimo.


Dias felizes a todos!!!

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