Especial: Bauernfest/Festa do colono alemão em Petrópolis
Olá crianças
A Bauernfest de Petrópolis já está na 20a edição...e eu mudei um pouco de montanha, fui visitar a Blumenberg(montanha florida) com amigos...começamos passando um dia em Pedro do Rio lugar que ainda não conhecia... mas tenho um amigo que sempre convidava a uma visita e dessa vez eu não tive como negar... e realmente é um paraíso...mas não é sobre isso o post...o post é sobre: Bauernfest/Petrópolis/Colonos alemães o que eles foram fazer lá... e D.Pedro e Tereza... e Princesa Isabel.. e outros mais... vamos lá. Vir aqui e não visitar essa catedral é ir no Rio e não conhecer o Pão de açúcar... apesar de não ser católica eu admiro a arquitetura e história das igrejas/ catedrais... (hábito herdado de mamãe) essa é especial porque aqui foram sepultados D.PedroII, da Imperatriz Tereza Cristina, Princesa Isabel e o Conde D'Eu.
Deus, que as orbes regulas esplendentes
Em número e medida ponderaddos,
Neles abrigo dás aos desterrados,
Que se vão suspirosos e plangentes.
Assim, dos céus às vastidões silentes
Ergo os meus pobres olhos fatigados,
Indagando em que mundos apartados
Lenitivo à saudade nos consentes.
Breve, Senhor, do cárcere d'argila
Hei de evolar-me, murmurando ansioso
Tímida prece: digna-te d'ouvi-la
Põe-me ao pé do cruzeiro majestoso,
Que no antártico céu vivo cintila,
Fitando sempre o meu Brasil saudoso!
Em 1843, D. Pedro II começou o projeto da construção da cidade imperial em Petrópolis e para isso contou com a ajuda do major alemão Júlio Frederico Koeler, já há alguns anos servindo na engenharia das Forças Armadas.
Bem..um problema...a área onde hoje se encontra o Centro Histórico era pouco mais que um charco, cujo clima úmido e frio assustava os brasileiros.
Problema 2: A distância era considerada impeditiva, já que vir até Petrópolis era uma viagem que incluía a travessia da Baía de Guanabara por barco e depois, uma áspera subida de 14 léguas em lombo de cavalos ou carruagem em declive acentuado.
Solução: Koeler acreditava na superioridade do trabalho livre sobre o escravo e convenceu o imperador a contratar alemães para essa empreitada...
FOFOCA: Um intermediário foi contratado em Dunkerque para enviar, por acordo firmado com o Governo Brasileiro, 600 casais de agricultores para Petrópolis: a firma Delrue & Cia.
Porém, valendo-se de uma artifício desonesto, a empresa aproveitou-se da grande crise econômica reinante na Alemanha naquela ocasião, para trocar a palavra "casais" por "famílias" e enviar para o porto do Rio de Janeiro, em levas quinzenais totalmente desorganizadas, um grupo imenso de pessoas ligadas por laços distantes - tios, primos, cunhados, sogros, etc. - com qualificações profissionais inteiramente diversas das estabelecidas.
Até a suspensão do contrato com Delrue, os alemães já somavam mais de 2.000 pessoas, que o Imperador D. Pedro II recebeu com tão notória generosidade, que a colônia não deixou de homenageá-lo nem mesmo após a Proclamação da República, chamando-o sempre, carinhosamente, de "Unser Kaiser" (Nosso Imperador).
Essas pequenas atitudes de D.Pedro II mostram o ser humano ímpar que ele foi e motivo pelo qual sempre o defendi.
Os colonos batizaram a cidade de BlumenBerg...montanha florida...
Voltando...Koeler e o imperador esperavam formar uma colônia agrícola...e tiveram que mudar de planos...Petrópolis acabou tendo um destino diferente do imaginado por Koeler.
Não se tornou uma povoação agrícola, mas sim uma cidade que não parou mais de progredir, mostrando uma clara vocação para a beleza, a cultura, a arte e a introspecção que facilita o estudo, a pesquisa e a meditação.
Durante todo o Império e também na República, foi a preferida de inúmeros nobres e intelectuais, para descanso e lazer. D. Pedro II - e, em conseqüência, toda a sua corte - passava na cidade seis meses por ano, de novembro a maio: neste período, Petrópolis era, de fato, a capital administrativa do Império. Soberano afeito às artes e à ciência, D. Pedro II inaugurou a tradição que estabeleceu, em Petrópolis, uma concentração incomum de pessoas ilustres, reconhecidas ao longo destes 155 anos: França Júnior, Afonso Arinos, Raimundo Correia, Rui Barbosa, Santos Dumont, Stephan Zweig, Gabriela Mistral, Alceu Amoroso Lima, Sylvia Orthof, e muitos outros.
A rua toda de festa !!! Esse rio aí trazia o frio necessário ..kkkk
Pertinho do palco... lugar ótimo!
E os colonos permaneceram felizes e contentes na sua nova cidade que tem bairros com nomes de cidades alemãs ... enquanto isso a Alemanha se afundava... mas isso é pra outro post... vamos a festa ... D.Pedro e Tereza iriam adorar os doces.
FESTA FESTA FESTA FESTA FESTAAAAAAAAAAAAAAA
A festa começa com um desfile com músicas alemãs e eu fiquei realizada em entender o que elas diziam..kkkkkkkk todos jogando flores para as pessoas que assistiam ... eu assisti da esquina da catedral...
Esse ano a festa não foi no Palácio de Cristal mas concentrou-se no pátio da cervejaria Bohemia e na rua paralela ao Palácio de Cristal ..achei que ficou meio dispersa... mas muito organizada e muito pacífica... pessoas de bem tomando chopp (não sei como voltaram pra casa certas pessoinhas) ...o palco ficou espremido nas ruas mas pegamos uma mesa ao lado que deu pra acompanhar as danças e apresentações...
Primeiro chopp do dia...O Bar Luiz tem um stand ótimo (perfeito pra quem não come carne de porco porque tem outras opções) ..pena que lá dentro da fábrica o que impede de ver o que acontece no palco principal..estive por lá só para o almoço ..depois fomos para as mesinhas da rua que estava mais animado.
Apfelstrudel
Os doces, como sempre, maravilhosos ... eu não podia sair de lá sem uma tortinha alemã... e o Apfelstrudel então??? quentinhooooo ..maravilhoso...
Torta alemã
No próximo final de semana tem festa de novo..a Baunerfest vai até domingo..quer dizer..tem festa lá a semana toda... no domingo ...mais festa pra nóis...Bjkas aos amigos advogados e farmaceuticos presentes ...festa sem vocês não tem graça.
Dias felizes a todos!!
Comentários