Cartas de Cruz e Sousa ... trabalhos... e so on...


Olá crianças

Depois da maratona de ontem esvaziando a mesa de trabalho ..ainda fui mordida por uma aranha que me tirou a paz por toda a madrugada... depois falo dela...detalhe da foto chaveiro da Atari que ganhei do Marcos ...minha cara não ?? kkkkkkk Amigos reconhecem os amigos de longe não é mesmo???

Lendo a obra completa do Cruz e Sousa me deparei com essa carta linda que ele manda a sua esposa ... antes de postar fui passear lá no blog do David e me deparei com um poema que coube como uma luva a tudo isso ... vamos pristigiá...

Vamos a carta:

Rio, 31 de março de 1892

Minha adorada
Estou cheio de saudades de ti. Não podes imaginar, filhinha do meu coração, como acho grandes as horas, os dias, a semana toda. O sábado, esse sábado que eu tanto amo, como custa tanto a vir. Ah! como se demora o sábado.
E tu, minha boa flor da minh'alma, que és o meu cuidado, a minha felicidade, o meu orgulho, a minha vida, não sabes como eu penso em ti, como eu te quero bem e te desejo feliz. Tu, Gavita, não me conheces aeu ainda bem, não sabes que amor eterno eu tenho no coração por ti, como eu adoro teus olhos que me dão alegria...
Quanto mais te vejo mais te desejo ver, olhar muito, reparar bem no teu rosto, nos teus modos, nos teus movimentos, nas tuas palavras, nos teus olhos, na tua voz...
Se o juramento que me fizeste dentro da igreja é sagrado, e se pensas nele com amor, eu creio em ti pra sempre, em ti que és hoje a maior alegria da minha vida, a única felicidade que me consola e que me abre os braços com carinho.
Estar junto de ti, eu, que nunca dei meu coração a ninguém, tão apaixonadamente, como te dei a ti, é para mim ser muito feliz.Quando estou a teu lado, esqueço-me de tudo, das ingratidões, das maldades e só sinto que os teus olhos me fazem morrer de prazer!

Adeus! Aceita um beijo grande na boca e vem que eu espero por ti no sábado, como um louco.

Teu
Cruz

Legal ver essa nuance da vida do sagrado Cruz e Sousa, não é mesmo???
No dia 18 de setembro de 1891, à porta de um cemitério de subúrbio, Cruz e Sousa conhece Gavita Rosa Gonçalves, seu grande amor. Gavita é uma costureira negra que se criara em casa de um médico de posses..provado existe primeiro encontro em cemitérios...encontro histórico esse.

Dias felizes a todos !

Comentários

Davi Machado disse…
Lany, Lany...

É uma estória real de amor linda, trágica também.
A vida deste poeta é muito interessante, principalmente com relação à morte, e como ela o perseguiu até tocá-lo também... meu mestre...

felicidades a ti!

Davi

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